Cuide do seu principal ativo. Cuide de você!
- Fabio de Freitas

- 13 de jun.
- 2 min de leitura

Meu colega, você atualiza sistemas, infraestrutura, segurança... todos os dias.
Mas e você? Quando foi a última atualização no seu próprio sistema?
Muito se fala sobre inteligência artificial, disrupção, transformação digital, lifelong learning. No mundo corporativo, especialmente em tecnologia, somos treinados para manter o radar sempre ligado: tendências, frameworks, inovação, eficiência, ROI. Falamos com propriedade sobre como liderar empresas em tempos de mudança acelerada, conquistar clientes e gerar valor.
Estamos sempre prontos para resolver o problema de alguém, do negócio, do time, do mercado.
Mas e quando o problema é dentro de casa?
Recentemente, minha esposa sofreu um infarto.
A rapidez no diagnóstico e no atendimento salvou sua vida. Em menos de 24 horas, ela foi estabilizada, submetida ao procedimento necessário e saiu do quadro de risco.
Mas foram, sem dúvida, as horas mais angustiantes da minha vida.
Entre incertezas, decisões e uma avalanche de emoções, algo ficou claro:
por mais preparados que estejamos para liderar empresas, nem sempre estamos prontos para cuidar de nós mesmos ou de quem amamos.
Quantas vezes você já adiou exames de rotina?
Ou ignorou sinais do corpo?
Quantas vezes o pitch para o board foi mais importante que o check-up anual?
Em quantas reuniões você falou sobre resiliência, mas não parou para olhar seus próprios indicadores de saúde?
A tecnologia nos oferece ferramentas incríveis, inclusive para cuidar da vida.
Durante o diagnóstico da minha esposa, recorri à inteligência artificial não só para entender melhor o que estava acontecendo, mas para enriquecer a conversa com os médicos.
Usei IA para explorar alternativas, entender exames, visualizar dados. Não para confrontar os médicos, mas para colaborar com eles com mais embasamento e clareza. E isso fez diferença!
Também usei a tecnologia para comunicar a evolução do quadro a familiares e amigos, com precisão e empatia.
A reflexão que fica é direta: cuidamos das empresas como ativos valiosos e devemos. Mas não podemos esquecer que o ativo mais estratégico da nossa existência somos nós mesmos.
Seja você um executivo ou empreendedor: qual foi a última vez que você dedicou tempo para si?
Para revisar sua própria infraestrutura física e emocional?
Para investigar seus fatores de risco com a mesma atenção que dedica a um incidente de segurança em produção?
A evolução começa com autoconsciência. Não espere que a vida te interrompa com um alerta crítico. Programe paradas planejadas. Faça a manutenção. Atualize o sistema.
E, principalmente: cuide de quem cuida de tudo.
Porque você é — e sempre será — o seu bem mais precioso.



Bom saber que a Giovana está bem! Ótimo tema para reflexão. Certeza de quem ler esse artigo vai se ver nele e se questionar.
Primeiramente, feliz em saber que o alerta crítico de saúde de sua esposa foi rapidamente contornado e tudo está bem agora!
E concordo muito contigo: quantas vezes damos mais atenção aos nossos compromissos com os outros e a empresa do que a nós mesmos. Esse é um alerta importante para todos nós - vamos dar atenção a nossa máquina biológica, porque ela pode, como aconteceu com a sua esposa, dar sinais e se não for tratado, a situação nos colocar em perigo.